quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Em Sala de Aula

No site O Saber online esta a integra da entrevista que concedi sobre o I Concurso literário da E.B.M. José do Valle Pereira. Estamos na fase final, no dia 30/11 ficaremos sabendo quem são os vencedores e estamos organizando uma grande surpresa na escola. 


Para conhecer os finalistas acesse o site da escola e participe. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Do analógico ao Digital: a Fotografia como Linguagem Educacional

Todos sabem que uma das minhas grandes paixões é a fotografia. Meu trabalho de conclusão da pós-graduação teve como tema, claro a fotografia. Desenvolvi com a turma do sexto ano da escola E.B.M. José do Valle Pereira  o trabalho que rendeu alguns frutos. Apresentamos o projeto na Amostra Pedagógica da escola e também tive a oportunidade de apresentá-lo no I Seminário de Mídias e leituras.








Mais informações nos blogs: EBM José do Valle PereiraNTM- Florianópolis-Sc

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PSE 2012

Fui convidada para trabalhar como Articuladora do PSE (programa saúde escolar) na escola E.B.M. José do Valle Pereira. No dia 23 de Outubro, eu e minha coordenadora do Posto de Saúde Renata Castro apresentamos na reunião os trabalhos que estão sendo realizados  na escola.


  • Sem saúde não há vida saudável- Jovens Multiplicadoras

  • I concurso Literário. Mais informações no blog da escola
  • Oficina: Alimentação saudável começa na infância- Tatiane Rocha

  • Atividade Educação Sexual - Sayonara Amaral

Também foi apresentados os dados dos alunos avaliados na Triagem Visual, triagem Odontológica e Avaliação Nutricional.

domingo, 14 de outubro de 2012

Homenagem aos Professores


Oração do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,
Dai-me esta graça que vem do amor.
Mas, antes do ensinar, Senhor,
Dai-me o dom de aprender.
Aprender a ensinar
Aprender o amor de ensinar.
Que o meu ensinar seja simples,
humano e alegre, como o amor.
De aprender sempre.
Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.
Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe
Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.
Que meus conhecimentos não produzam orgulho,
Mas cresçam e se abasteçam da humildade.
Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,
Mas animem as faces de quem procura a luz.
Que a minha voz nunca assuste,
Mas seja a pregação da esperança.
Que eu aprenda que quem não me entende
Precisa ainda mais de mim,
E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.
Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,
Para que eu possa trazer o novo, a esperança,
E não ser um perpetuador das desilusões.
Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender
Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

Sempre agradeço aos que passaram no meu caminho, mas agora preciso agradecer também os colegas e amigas (os) professores que tornam meus dias melhores e principalmente aos que estão ensinando meus filhos. Minha singela homenagem a todos.


Feliz Dia das Crianças

O Minha prima Carla Rippoll escreveu esta mensagem no seu Facebook, compartilho pois acredito em usas sábias palavras. 

"O Dia das Crianças foi ontem, mas preciso deixar aqui a minha opinião. Pensemos na educação. Não adianta enchermos nossos filhos, afilhados, sobrinhos de mimos e de presentes. Precisamos dar exemplos. Somos humanos e também erramos. Mas precisamos mostrar para eles o quanto é importante assumirmos nossos atos. Mostrar que tudo na vida tem consequências e dar limite. Palavrinha esta em desuso ultimamente. Mas acredito muito que o ser humano precisa de limites! Depois de crescidos não adiantará nada lamentarmos pelos atos que venham a nos envergonhar. Devemos ensina-los desde cedo! Sei bem que mesmo assim nos decepcionarão. Mas estaremos tranquilos. Terão a liberdade de escolha. É nós a consciência tranquila de que ensinamos e dissemos não quando necessário. Faz parte da vida. Educação é muito difícil mas muito importante. Se não ensinarmos, a vida ensina! Poderíamos utilizar mais estas datas comemorativas não só para nos endividarmos,mas para tomar atitude em relação ao que falta mesmo para nossos filhos e para as crianças que amamos. Amor e educação não se compra! Mas trazem benefícios incalculáveis!"

 Crianças são sempre esperançosas, sejam elas carentes ou de classes sociais mais privilégiadas, ricas ou pobres, as que comem mais ou as que não comem, as que tem carinho, amigos, família e as que não tem. Elas possuem aquilo que muitos de nós adultos não temos "ESPERANÇA". Crianças são o ponto de partida, fizemos para e com elas, são o futuro, futuro este mais presente do que imaginamos e queremos. Deixemos que sonhem, que brinquem, que sorriam.... deixemos a serem crianças!!!





FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!!!!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cartilha de Segurança para Internet



Navegar é preciso, arriscar-se não!
A Cartilha de Segurança para Internet contém recomendações e dicas sobre como o usuário pode aumentar a sua segurança na Internet. O documento apresenta o significado de diversos termos e conceitos utilizados na Internet e fornece uma série de recomendações que visam melhorar a segurança de um computador.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A maior flor do Mundo


                  E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
                Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?



José Saramago

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

       
Este mês saiu o Guia de Tecnologias na Educação, da revista Nova Escola, estou muito feliz por ter participado desta edição. Agradeço a repórter Rita Trevisan pela valorização do meu trabalho. Abaixo a entrevista na integra.




Questões especialistas
        De que forma a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) ao contexto escolar vai impactar o papel do professor? Mudam suas atribuições? Deve mudar a sua postura frente aos alunos? Como se dá esse processo?
R.  As TICs chegaram como novo determinante, uma nova oportunidade para repensar e melhorar a educação. Contudo, infelizmente, na educação, ocorre uma corrente de promessas não cumpridas com geração de expectativas a cada nova onda ou moda tecnológica. Nos tempos atuais, com as mais diversas tecnologias presentes no cotidiano dos educandos, podemos citar: notebooks, ipads, celulares, entre outros. A partir disso,  o professor já não pode ser considerado o dono do saber. Seja o educando de escola pública ou particular, o acesso às informações, quase sempre independe da sua classe social. O contato com a informação é muito rápido e ágil. Os educandos apropriam-se dos conhecimentos fora da família, fora da escola. Basta ter curiosidade sobre algum assunto ou tema, entrar em uma página na internet, para se deparar com um hipertexto, que contem palavras, frases, imagens, links que remetem a outras paginas e/ou blogs que decorrem sobre qualquer assunto através de textos e imagens didáticas. Sem falar que,  ainda conectado, alguém chama no canto da tela, inicia-se uma conversa, trocam-se ideias, mais endereços. E nós professores, temos que nos adaptar a esta nova realidade, em vez de simplesmente ignorar, buscando novas formas e manejos, pois agora ensinar não é mais o monólogo das salas de aula da nossa época de estudantes, onde os professores falavam, falavam enquanto nós ouvíamos e copiávamos para depois decorar tudo para as avaliações. Nossos educandos são sujeitos ativos de seus saberes, são, como afirma Marc Prensy (2010): nativos digitais - trabalham melhor em rede, preferem imagens a textos, enquanto nós, imigrantes, estamos acostumados a fazer uma coisa de cada vez. Temos que mudar nossa postura tornando-nos mediadores das atividades, orientador do processo de aprendizagem.

        O que precisa mudar no planejamento e na execução das aulas, para que as TICs possam ser realmente incorporadas ao conteúdo dado em sala, e deixem de funcionar como um simples apêndice às atividades habitualmente estruturadas?
R.: Temos uma longa caminhada pela frente, porém, é possível encontrar grandes exemplos de profissionais da área dispostos a integrar a escola a todas essas novas tecnologias, abrindo os olhos, aceitando o novo, o diferente, e sobretudo, acreditando na educação. Na escola que trabalho atualmente, há professores que estão desenvolvendo excelentes aulas com os blogs, com as redes sociais e até utilizando o celular em sala de forma dirigida. Eu mesma criei, a partir de anseios de uma das professoras de Português, uma comunidade virtual de aprendizagem, onde podemos nos encontrar interagindo no mundo virtual. Essa lista de discussão nos auxilia em nossas dúvidas, podemos compartilhar interesses, dificuldades, etc, já que atualmente é impossível se encontrar presencialmente sempre que se faz necessário. No entanto, virtualmente, podemos debater sobre nossa vida escolar, trocar dicas, ajudar colegas e com certeza, é um ponto positivo em nosso ambiente escolar.

        Podemos falar em ferramentas que facilitam a preparação e a execução das aulas, que a senhora acha interessante que os professores dos níveis infantil e fundamental conheçam? Poderia nos dar mais detalhes de cada uma delas? 
R.: Poderia citar uma infinidade de ferramentas que conheço e que já utilizei em sala de aula. Citarei aquelas que mais utilizo atualmente, como o celular, a máquina fotográfica, o computador, a internet, entre outros. Cada ferramenta dessa só tem valor quando acompanhada de um claro  objetivo.
 Blogs- Os blogs são páginas na internet que possibilitam a publicação e o armazenamento de informações que são atualizadas rotineiramente. Essa ferramenta, se usada no contexto educacional, pode ser uma grande aliada dos profissionais de educação. Informações apresentadas, explorando diversos assuntos, no formato de diários, contos, notícias, poesias, artigos etc despertam uma nova onda de produção escrita em muitos jovens (Tecnologias na escola p.14). Como exemplo de blogs educacionais que ajudei a construir e que estão dando certo na rede, cito o blog da professora Maira de Souza Emerick, professora de Português que tem incentivado seus alunos por meio dele a lerem, criticarem, deixar sugestões e colaborações. Também destaco o blog da professora Verena Buss (São Bonifácio/SC) que registra e divide com sua comunidade escolar seus trabalhos em sala de aula. E para finalizar, as salas multimeios, também estão aderindo a esta "onda" tecnológica, já criamos o blog da sala multimeios da escola que atualmente trabalho e as professoras estão utilizando de forma dinâmica  e criativa, ajudando seus alunos do atendimento especializado a entrar em contato com esta realidade, a qual,todos estamos inseridos.

Jogos- Quando trazemos os jogos que os educandos utilizam em casa ou na rua para dentro da escola, não deixamos de dar aula, mas sim, passamos a conhecer o universo do qual fazem parte e tentamos tirar proveito deste contexto. Com os jogos, pode-se aprender de forma positiva, envolvente, dando significado ao aprendizado adquirido, pois se caracteriza, segundo afirma Marc Prensy (ano) por um aprendizado “não forçado”. Os educandos aprendem com os jogos, por meio de raciocínio complexo, a criar estratégias para superar obstáculos e serem bem-sucedidos. Além disso, tornam-se bons em conseguir informações de muitas fontes, combinar dados e tomar boas decisões rapidamente. Assim, tornam-se especialistas em multitarefas, ou seja, conseguem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo e com competência. Então porque não utilizar os jogos nas escolas?

Objetos de Aprendizagem (OA) - Os Objetos de Aprendizagem podem ser compreendidos como “qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino”(WILEY, 2000, p. 3)

Rived- O RIVED. É um programa da Secretaria de Educação a Distância - SEED, que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais na forma de objetos de aprendizagem. Tais conteúdos primam por estimular o raciocínio e o pensamento crítico dos estudantes, associando o potencial da informática às novas abordagens pedagógicas. A meta que se pretende atingir, disponibilizando esses conteúdos digitais, é melhorar a aprendizagem das disciplinas da educação básica e a formação cidadã do aluno. Além de promover a produção e publicar na web os conteúdos digitais para acesso gratuito. O RIVED realiza capacitações sobre a metodologia para produzir e utilizar os objetos de aprendizagem nas instituições de ensino superior e na rede pública de ensino (resgatado da internet RIVED).
TV ESCOLA - O canal, cuja programação é uma caixa de ferramentas para ser usada em sala de aula, desdobra-se na rede na forma de um portal especialmente desenvolvido para oferecer apoio aos professores no mundo virtual (Catarina Chagas, p. 16). O conteúdo do site segue programação da TV escola e é mais voltado ao professor, que pode, além de baixar os vídeos, assistir a toda programação diária e acessar um link chamado Dicas Pedagógicas, que consiste em fichas elaboradas por professores de todo o Brasil com sugestões de atividades para serem trabalhadas em sala de aula.
Dropbox - é um servidor virtual para a postagem de ficheiros e envio através de um link para amigos ou listas de discussão. Em meu blog (http://marciaszerszen.blogspot.com)há jogos que criei com esta ferramenta para utilização em aulas de história, por exemplo.

        Há ferramentas interessantes para o processo de avaliação? Poderia nos dar mais detalhes das ferramentas citadas? 
R.  A avaliação se torna muito complexa, pois é preciso acompanhar o percurso de aprendizagem individual que se constitui nesse espaço coletivo. Há vários tipos de avaliações, tais como a formativa e a somativa. Mas no contextodo qual estamos falando, considero a formativa a mais indicada, porque é realizada ao longo do processo de ensino-aprendizagem, possibilitando aos professores acompanharem o desenvolvimento dos educandos em todo o processo. Nos ambientes virtuais, é interessante criar dossiês e portfólios para ter registrado o percurso do educando para que assim façamos as intervenções necessárias de forma individualizada com cada educando. Na avaliação de uma atividade dentro de um blog, por exemplo, o professor poderá acompanhar o desenvolvimento dos alunos por meio das intervenções que estes fizeram nas postagens propostas pelo mesmo.

        Como o professor pode tirar proveito das ferramentas de compartilhamento de planos de aula? Em quais portais o professor pode buscar referências para montar suas aulas?
R.: Promover a aprendizagem do aluno é o objetivo principal do professor. Para atingir esse objetivo, não basta o professor dar uma boa aula, conhecer e trabalhar bem os conteúdos, é necessário que ele tenha bem claro quais concepções teóricas fundamentam a sua prática, tendo em vista a cooperação, a colaboração e interação nos processos de ensino e aprendizagem. Reproduzo abaixo a webliografia que pode auxiliar na elaboração das aulas e que costumo indicar aos meus colegas.


WEBLIOGRAFIA INDICADA

        www.educarede.com.br
        www.dominipublico.gov.br
        www.portaldoprofessor.mec.gov.br

        O que o portal do professor do MEC e outros sites semelhantes oferecem de bom? Como avaliar o que é bom e escolher o que pode ser incorporado às aulas daquele ciclo, dentro da realidade específica em que o professor atua?
R.: O Portal do Professor disponibiliza modelos de aulas, ferramentas multimídia, cursos de formação para os profissionais, um jornal voltado para o dia-a-dia da sala de aula, além de fóruns de discussão e blogs. O serviço é gratuito e voltado para professores do ensino fundamental e médio. O professor tem acesso grátis e sem necessidade de senha a todo o conteúdo do portal, exceto o espaço de criação de aulas, para o qual é preciso fazer o registro no próprio site do MEC. Na hora de planejar sua aula, o professor deve levar em conta o tipo de comunidade onde sua escola esta inserida, o interesse e o que motiva seus alunos para, depois desse diagnóstico, deve se buscar  ferramentas, como o Portal do Professor, para auxilia-lo em sua elaboração e planejamento das atividades escolares. 

        Como podem ser utilizados os virais de educação, como os criados e disseminados por Khan? O professor pode produzir um material desse tipo? Vale a pena?
        R. A maiorias dos profissionais da educação foram e são formados com um pensamento linear, em que não se percebe a complexidade das relações humanas na sociedade e como isso reflete na sala de aula. Fala-se de respeito às diferenças, mas planeja-se como se todos fossem iguais, o que gera desinteresse, dificuldade, etc. Os trabalhos de Salman Khan concentram vídeos em animação explicativos, que buscam funcionar como aulas sobre temas do ensino fundamental e médio. Khan iniciou seu trabalho de forma despretensiosa, apenas porque percebia grande dificuldade de seus alunos em Matemática. Hoje em dia, ele dá aulas virtuais que podem ser acessadas por qualquer um de nós e são de fácil compreensão. Podem ser usadas como  instrumento de pesquisa por professores e alunos.  Os vídeos de Khan são uma maneira exemplar de disseminar uma disciplina que muitos alunos apresentam grande dificuldade, a matemática, tornando-a muito mais simples e facilitando a aprendizagem. Os educandos podem elaborar vídeos dentre de suas respectivas disciplinas, com imagens e demonstrações para centralizar o tema que pretendem ensinar ou mesmo com as principais dúvidas dos alunos sabendo que deverão utilizar deste método novo e de sua experiência em sala para chamar a atenção dos alunos a obter e querer adquirir o conhecimento assim tendo mais participação nas aulas. Acredito que podem também ser  produzidos pelo educador. Uma questão  a ser avaliada, no momento de produzir o material é  a utilidade que ele  terá na comunidade escolar. Como sabemos, a aprendizagem ocorre  em função de necessidade e interesse. Como nossos alunos estão em contato direto com as tecnologias disponíveis e as utilizam de forma tão apropriada,  vale a pena que  o professor produza esse material, inclusive, de forma interdisciplinar (sim, é possível!). Vale a pena, também, se o objetivo é proporcionar aulas mais dinâmicas, criativas, interativas e desafiadoras. Tendo objetivos claros, disposição para adquirir conhecimento e transmitir esse conhecimento, acima de tudo, não há limite. O tempo é administrável, mas a perda de grandes oportunidades e conquistas, não.  Podemos utilizar os virais da educação colocando os vídeos em sala para expor os temas e logo em seguida abrirmos para discussões, elaboração, criação e execução de exercícios. É uma maneira fácil e inovadora de aprender. Existe hoje na internet um grande leque destes virais, como por exemplo, o site Qmágico, onde além de acessar os vídeos aulas,os alunos e professores podem resolver os exercícios e acumular recompensas, além de interagir e fornecerem comentários e feedback imediato, possibilitando uma melhor preparação destes alunos.

        Segundo a pesquisa TIC Educação 2010, para 37% dos professores, um grande limitador para preparar aulas com maior incorporação das TICs é a falta de tempo. Como fazer a gestão do tempo de modo eficaz, na etapa de preparação da aula?
R.: Cada pessoa tem seu tempo para absorver conhecimentos e elaborar idéias.Conseguir tempo para tudo o que queremos fazer é, principalmente nos dias de hoje, uma das maiores dificuldades. O tempo parece fugir-nos por entre os dedos, tirando-nos oportunidade para fazermos tudo aquilo que queremos, acumulando tarefas para o dia seguinte. Cabe a nós criarmos alternativas e gerenciar nosso tempo da forma mais eficaz. Só assim é possível  delinearmos nossos projetos escolares.

        As pesquisas ainda mostram que, na atualidade, o professor ainda é a figura central na dinâmica de aprendizagem, transmissor de conhecimento e fonte primária de informação. As atividades mais frequentes ainda são a aula expositiva, os exercícios práticos e a interpretação de texto. Porém, se a ideia é incorporar às TICs as práticas pedagógicas já existentes, isso envolverá, necessariamente, um cuidado com a gestão do tempo? Como dar conta de tanta informação na sala de aula?
R.: Acho que falta para aos professores de um modo geral “dominar a tecnologia”, eles são guiados pela angustia de não saber lidar com algo tão novo que seus educandos são capazes de manusear com tanta destreza. Conforme sua evolução nesse aprendizado, deixarão de ser ”turistas” nas salas informatizadas tornando-se mediadores entre os educandos e o conhecimento. Conforme o conteúdo a ser trabalhado, poderão desenvolver um tema e escolher as linguagens de comunicação mais adequadas ao processo de ensino aprendizagem.

        Como avaliar se a construção de um blog poderá beneficiar as práticas pedagógicas, em determinada comunidade escolar? O que o professor deve pesar? Quais os aspectos positivos e negativos de criar um blog?
R.: As tecnologias exigem que saibamos utilizá-las, manuseá-las, que nos apropriemos delas, pois são ferramentas que facilitam a vida e o fazer pedagógico. O uso das mídias, quando bem planejado pelos professores, consegue promover um intercâmbio de informações e experiências, permitindo que o aluno conquiste outros espaços, além daquela tradicional aula. Assim ocorre com o blog. Essas mudanças que as tecnologias promovem vêm ao encontro dos objetivos de aprendizagem críticas e permitem o desenvolvimento de ações educacionais, a partir de concepções de aprendizagem que visam formar educandos autônomos e críticos. Os blogs são ferramentas que oferecem um ótimo nível de interação com o educando, pois disponibilizam espaço para que os leitores interajam com o autor por meio de mensagens instantâneas. Essa característica permite que amigos, colegas, professores, grupos de trabalho ou grupos de estudos exprimam suas idéias e sentimentos sobre o conteúdo postado, formando uma comunidade com objetivos comuns, que colabora e coopera através do blog. O blog torna-se um espaço educacional privilegiado, pois permite a reflexão sobre a leitura e a escrita do que é postado pelo autor, bem como sobre as mensagens postadas pelos visitantes, que colaboram e cooperam formando uma comunidade aberta e receptiva, discutindo idéias e opiniões sem que estejam no mesmo espaço físico e ao mesmo tempo.
 Dessa forma, são ampliadas as possibilidades de um diálogo mais autêntico e profundo com outras formas de saber, outros pontos de vista, favorecendo a interdisciplinaridade, ajudando a construir redes sociais e de saberes. Os blogs são excelentes ferramentas  de comunicação, em que é possível expressar opiniões, refletir sobre o que está sendo estudado, trocar idéias, conviver em grupo e construir conhecimentos. No entanto, temos que ter conciência de que não basta postar uma atividade e não desenvolve-la integralmente. Tanto o professor quanto o aluno tem que estar envolvidos e comprometidos com o trabalho no blog. Se isso acontecer, creio que não teremos aspectos negativos e sim só os positivos, já mensionados acima.

        Uma vez criado, como o professor precisa se organizar para mantê-lo? A administração precisa sempre ficar a cargo do professor? Que combinados precisam ser feitos antes, entre professor e alunos? Quais os cuidados?
R.: O passo inicial é definir com antecedência as atividades que irão fazer parte do blog. Quem irá alimentá-lo. O educador precisa ter uma visão geral do trabalho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período de trabalho com o blog. Para chegar ao detalhamento dos conteúdos do blog, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados. Isso permite aos educandos entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. A continuidade dá segurança aos educandos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles. Outro cuidado importante é, logo nas primeiras atividades, identificar que habilidades, conhecimentos e dificuldades cada educando traz de suas experiências tecnológicas para poder auxiliá-lo quando necessário. O professor deve ter clareza que para ter um bom resultado terá que, muitas vezes, dedicar um tempo para ir em busca de postagens, organizar seu blog e acima de tudo ler e comentar o trabalho de seus alunos, para que estes percebam a importância do trabalho e que o que estão escrevendo é importante e valioso.

        Para os professores que buscam qualificação não apenas técnica, mas contextualizada, onde buscar apoio (cursos, Proinfo e outras oportunidades gratuitas e pagas)?
Como professora e aprendiz, posso me considerar uma pessoa que se atualiza a cada dia, pois não somos conhecedores da verdade e sempre aprendemos algo com os nossos alunos. Nos cursos que fazemos, temos que estar dispostos e abertos para mantermos nossa mente, nossa alma e nosso corpo em atividade. Fiz um curso pela plataforma Paulo Freire, sobre tecnologias assistivas, que possibilitou aumentar meu leque de aprendizado. Sempre faço os cursos que o NTE (Núcleo de Tecnologia Estadual) e NTM (Núcleo de Tecnologia Municipal)  que minha cidade disponibilizam. Recentemente, estive no II Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica. Todas essas qualificações trazem uma gama de aprendizado em todos os sentidos. Tento proporcionar aos meus alunos, enquanto professora, aquilo que também espero de meus mestres enquanto aprendiz: orientação segura e enriquecedora para que eu possa construir meus próprios conhecimentos de forma autônoma. Não podemos ensinar nada a ninguém, como disse Galileu, mas apenas mostrar o caminho.

        Vale fazer uma pós nessa área? O que mais pode ser feito em relação à questão da capacitação?
R.: Com certeza. Estou terminando a minha pós-graduação em Mídias na Educação pela UAB- Furg(Universidade Aberta do Brasil- Universidade Federal do Rio Grande- RS) e tem sido muito produtiva, pois sempre aprendemos algo mais através de novos professores, conhecendo novas pessoas e  novos lugares. Ele acontece de forma semi-presencial e com professores de varias cidades de SC e RS.

        Como será o professor “do futuro”? Quais as competências e habilidades que ele precisa ter, considerando principalmente o impacto das TICs na educação?
R.: Os professores estão cada dia aprendendo a lidar com as novas tecnologias e perdendo o medo que tinham no início, embora alguns ainda tenham grande resistência.  Esta aprendizagem vinha ocorrendo até então, num ritmo bastante lento. Mas o avanço tecnológico vem acontecendo de forma gradativa e muito rápida. Alguns colegas ainda utilizam a tecnologias de uma forma geral totalmente errada.Queiram ou não, os professores terão que perder o “medo”, deixar de lado a acomodação e mudar sua prática de ensino, senão correm o risco de ficar “jurássicos tecnológicos” e, de docentes passarem a pertencer ao corpo discente das escolas. Os alunos procuram pelas tecnologias onde quer que elas se encontrem: nas escolas, em suas casas, nas lan house espalhadas por aí ou apenas num toque no seu celular.  Estão, como dizem entre os jovens, “antenados”, acompanhando esta evolução contínua. Sabemos que o ideal seria que eles pudessem usufruir das mesmas no ambiente escolar, para serem melhor orientados, aprendendo a usá-las proveitosamente. Diante dessa constatação, o papel do professor é essencial para o uso das Novas Tecnologias como mais uma (rica e poderosa) ferramenta na sala de aula. Cabe a nós então, sermos mais criativos e aceitarmos essas novas tecnologias e nos manter atualizados participando de cursos e nos reciclando a medida do possível. Se nós, professores, não acordarmos a tempo, iremos nos embaraçar nas diversas redes que surgirão daqui para frente em todas as partes do cotidiano de nossas vidas e de nossos alunos: do supermercado à Igreja, passando pela escola, cinema, lojas, bibliotecas, teatro. Hoje tudo é movido a tecnologias.
 
Alunos com NEE
. As TIC podem, de alguma forma, facilitar a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais?
Sim, porque elas equiparam as mesmas condições de recursos que todos precisam para o aprendizado.
É necessário um esforço coletivo com vista em uma reestruturação física e social das escolas onde todas as crianças possam aprender juntas. O que se pretende é uma escola inclusiva que garanta à igualdade de oportunidades, a equidade, a participação de todos nos mesmos espaços educativos e partilha das mesmas experiências pedagógicas.
 A inclusão representa deste modo um desafio e um compromisso educacional de modificação de ações pedagógicas que visem garantir o acesso com qualidade de todos os educandos.
. Que recursos da tecnologia o professor pode usar com esses alunos? Como usá-los bem, para facilitar o aprendizado?
Como falei anteriormente as TIC são utilizadas com uma série de recursos e serviços que proporcionam e ampliam habilidades funcionais de pessoas com deficiência, conseqüentemente, promovem a vida independente. Para uma pessoa com deficiência, a tecnologia, não só facilita, mas torna possível a realização de ações desejadas ou necessárias.
Por meio destas tecnologias, uma pessoa deficiente, tem controle do ambiente, acesso a computadores, comunicação e realização de tarefas. Falo do uso de leitores de voz, telas ampliadas, teclados adaptados, mouses luminosos/ ópticos, amplificadores de voz, enfim uma série de recursos, que hoje contamos com os tablets que disponibilizam o recurso de “toque de tela” facilitando muito a comunicação alternativa de alunos, por exemplo, com paralisia cerebral. E até recursos mais simples que já são mais utilizados, como por exemplo, um gravador, um mp3 (que pode gravar livros, textos, para o aluno estudar em casa) ou até mesmo um simples celular que nos facilita, por exemplo filmar uma aula....
Não basta ter o recurso, mas sim o olhar para este educando, como alguém com uma “diversidade” de possibilidades para aprender.

Oportunidades de formação
. Onde e como o professor de ensino infantil e fundamental pode encontrar oportunidades de formação em TIC?
Quais instituições costumam oferecer esse tipo de capacitação?
Em geral, o que é preciso fazer para participar desses cursos?
Como já relatei na pesquisa anterior, hoje contamos com a Plataforma Freire, que nos disponibiliza várias formações. Eu fiz uma formação que foi pela universidade de Santa Maria-Rs, sobre Atendimento Educacional especializado e as tecnologias.
Para participar destas formações deve-se ficar atento as datas que são divulgadas nas paginas da internet, ter motivação e interesse em sempre aprender para auxiliar seus educandos.

Ferramentas blog
. Para os professores envolvidos com a criação de blogs com propósitos educativos, que ferramentas gratuitas o senhor indica?

Nos blogs há uma variedade imensa de ferramentas – cada vez mais completas - a serem utilizadas pelos blogueiros em geral. Os educandos que possuem um blog pelo Blogger (criado pelo Google), assim como eu, podem dispor de ferramentas como o gagdet do Google Tradutor, traduzindo o blog para vários idiomas; Caixa de Pesquisa, onde os alunos podem procurar por um determinado tema; Barra de Vídeos, que é utilizado juntamente com o Youtube disponibilizando vídeos educativos. Há também as listas de links e blogs que o aluno pode conhecer outros blogs e sites relacionados a determinados assuntos de aula e disciplinas. Também podem ter disponiveis icones para acessarem páginas de redes sociais como: facebook, Orkut, twitter, entre outros.
 Futuro
. Podemos dar exemplos de como vai ser (ou pode ser) o trabalho do professor daqui a algum tempo, em razão da evolução das TIC? Há algo que está acontecendo no Brasil ou em algum lugar do mundo (tendência de comportamento) e que pode se popularizar dentro de algum tempo?   
Além disso, o que há de mais moderno no mundo em termos de tecnologias educacionais? Quanto essas ferramentas custam e quando (e se) está prevista a chegada delas no Brasil?
 A tecnologia evolui continuamente e precisa-se estar sempre ‘de olho’ nas novidades do ramo. Os livros já estão sendo transformados em E-books, as salas de aula em alguns países já possuem notebooks em vez de livros educacionais e os famosos cadernos, algumas salas de aulas já possuem um professor diferente, como foi nos apresentado pelo programa Fantastico da rede globo, um robo que da aulas de ingles, na Coreia do Sul.
Nós educadores precisamos ter formações permanentes de que maneira acompanhar toda essa evolução e como utilizá-la em sala, mas o que se vê em maioria é a falta de conhecimento e perspectiva dos mesmos perante as novas tecnologias, afinal muitas escolas ainda possuem uma qualidade de ensino precária não só no Brasil. Não é possível portanto ter a certeza de que todo esse ‘novo mundo’ seja popularizado em apenas alguns anos. e de nada vai adiantar tanta tecnologia se não soubermos onde e como utiliza-la.
Referencias Bibliográficas

        Cartilha online Tecnologias na Escola. Instituto Claro. 2010.
        Blogs: Português: http://portuguesprofmaira.blogspot.com.br/
               Séries Iniciais: http://verenabu.blogspot.com.br/
               Sala Multimeios: http://aeejvpereira.blogspot.com.br/
        Prensky Marc. Não me atrapalhe, mãe- Eu estou aprendendo! Editora Phorte, São Paulo, 2010.

        Portal do MEC: http://portal.mec.gov.br
        site: http://www.qmagico.com.br

Agradeço também as pessoas que me apoiaram neste momento: Sandro de Oliveira de Souza, Gabriela Chaves, Carina de Oliveira, Maíra de Souza Emerick.

terça-feira, 17 de julho de 2012

As férias escolares de Julho chegaram e, ao contrário das férias de verão, quando todo mundo foge para praia e só quer saber de mar e sol, as férias de inverno têm menos opções, tanto pelo frio, quanto por serem mais curtas.

O desafio dos pais é descobrir como ocupar as crianças. Shoppings, cinemas, restaurantes... e LIVRARIAS! Isso mesmo! Não tem nada melhor do que entreter a criançada com diversão, cultura e educação, não é mesmo?

 Algumas dicas: 

- Aproveite para dormir bastante.
- Assista a filmes com pipoca e chocolate quente.
- Aproveite para arrumar seu quarto e coisas bagunçadas.
- Saia com os amigos para um esquenta!
- Fique na internet até tarde e aproveite os familiares.
- Organize um karaoke e aproveite para rever seus amigos.
- Dentre outras coisas.


Boas Férias!!!!